quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Sismos ou Terramotos


Sismos ou Terramotos
  • O que são?
Os Sismos ou Terramotos são vibrações da litosfera, causadas pela factura brusca das rochas.

As placas litosféricas deslocam-se sobre a astenosfera em sentidos, umas vezes, convergentes, outras, divergentes, podendo, por isso, chocar, afasta-se ou deslizar par
alelamente umas em relação ás outras.

Estes movimentos das placas litosféricas criam forças gigantescas, capazes de dobrar e partir rochas. Quando as forças são muitos grandes e ultrapassam a elasticidade das rochas, estas partem-se, formando uma falha e libertando toda a energia acumulada, o que dá origem a um sismo.

Os sismos são mais frequentes nos limites das placas.

Num sismo existem duas zonas: o Epicentro e o Hipocentro. O Epicentro é a zona verticalmente perpendicular ao Hipocentro na crosta terrestre onde o terramoto é sentido com mais intensidade. O Hipocentro ou foco é o local na Astenosfera onde é criado o sismo.



Geralmente, depois dos grandes sismos, ocorrem outros, mas de menor intensidade, durante as horas, dias ou meses seguintes. Estes sismos chamam-se réplicas e resultam do reequilíbrio de forças na zona de fractura. É como se a litosfera se estivesse a arrumar nas novas posições.

Por vezes, os grandes sismos ou as erupções vulcânicas são precedidos por sismos mais fracos designados abalos premonitórios. Estes abalos podem servir de aviso para as populações de que pode ocorrer um grande sismo ou de que um vulcão próximo está prestes a entrar em erupção.


  • Como se detectam os sismos?
Para registar os movimentos da superfície terrestre causados pelas ondas sísmicas, os cientistas utilizam os sismógrafos.

Os primeiros sismógrafos baseavam-se todos no mesmo princípio, uma caneta suspensa e um papel que rodava num tambor giratório firmemente assente na superfície terrestre. Sempre que o solo vibrava a caneta riscava o papel. Os sismógrafos com o tambor vertical registavam os movimentos verticais, e os sismógrafos com o tambor horizontal registavam os movimentos horizontais da superfície terrestre.


Os sismógrafos actuais são bastante mais evoluídos. No entanto, produzem sempre um sismograma, registo das ondas sísmicas que pode aparecer impresso ou no ecrã de um computador.



  • Como se medem os sismos?
Os sismos medem-se em valores de magnitude. A magnitude é uma medida da energia libertada pelo sismo no hipocentro ou foco.

Em toda a terra ocorrem anualmente, sem que nos apercebamos, milhões de pequenos sismos que são registados pelos sismógrafos espalhados pelo planeta.

No entanto, quando os sismos são sentidos por várias pessoas, ou quando provocam grande destruição, são amplamente noticiados, na comunicação social, que geralmente divulga medições de severidade do sismo referindo-se a valores da escala de Richter.

Esta escala mede a energia libertada pelo sismo, utilizando para isso a magnitude como unidade. A magnitude é expressa em números inteiros e decimais e não tem limite superior (máximo de energia que será possível libertar).

Cada valor de magnitude corresponde a uma vibração da superfície dez vezes superior ao valor anterior. Por exemplo, um sismo de grau 5 provoca um movimento da superfície terrestre 10 vezes maior do que um de grau 4.

A escala de Richter não é usada para medir estragos. Um sismo de grande magnitude pode ter lugar numa zona deserta e não causar nenhuma destruição, ou ser devastador se ocorrer perto de zonas muito povoadas.

  • O que é e como se mede a intensidade sísmica?
No princípio do século xx, Giuseppe Mercalli construiu uma escala baseada na destruição causada pelos sismos nas populações, escala esta que foi modificada em 1931 para se adaptar à realidade das construções mais modernas da altura - escala de Mercalli modificada.



A intensidade de um sismo mede os efeitos do sismo nas construções, nas pessoas e no ambiente. Não é uma medida muito rigorosa, pois depende muito do tipo de observador e também depende das construções. Varia dentro da área afectada pelo sismo e também depende da localização do observador em relação ao epicentro.

  • O que fazer durante um sismo?
1-Dobra-te e protege a cabeça, com as mãos ou com um objecto.

2-Abriga-te debaixo de uma mesa ou de uma cama, de preferência junto a uma parede interior e longe de janelas, espelhos ou chaminés.

3-Espera que o sismo passe. Vai contando até 50 e vais ver que antes terminares o sismo já acabou.

4-Se estiveres na rua, vai para um local aberto e mantém-te afastado das construções.


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